Após Brasil, remessa da China sem imposto vira discussão

THE NEW YORK TIMES  CHINA

Após Brasil, remessa da China sem imposto vira discussão no comércio dos EUA

Envio de encomendas de até US$ 800 de outros países não tem cobrança de imposto nos Estados Unidos; varejistas querem mudar legislação

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    6.nov.2023 às 12h02

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    Jordyn Holman

    THE NEW YORK TIMES

    A exemplo do que ocorreu no Brasil, a remessa de produtos vindos da China sem a cobrança de impostos está gerando reclamações dos varejistas nos Estados Unidos. O comércio está questionando uma regra conhecida como “minimis”, que permite que empresas enviem pacotes no valor de menos de US$ 800 para os Estados Unidos sem pagar impostos e taxas que a Alfândega e Proteção de Fronteiras aplica.

    Quase 3 milhões de remessas de “minimis” entram nos Estados Unidos todos os dias, e cerca de metade dessas remessas são produtos têxteis e de vestuário.

    Críticos da regra afirmam que ela prejudica as empresas americanas. Eles afirmam que empresas fundadas na China, como Shein e Temu, ambas varejistas de baixo custo, enviariam mercadorias diretamente de seus armazéns no exterior para as casas dos compradores, e poucas delas valem até US$ 800.

    No Brasil, houve discussão semelhante e levou o governo a criar o Remessa Conforme, que oferece isenção do Imposto de Importação às empresas que se cadastrarem no programa para compras de até US$ 50 vindas do exterior. Magazine Luiza, Shein, Shopee, AliExpress e Mercado Livre são algumas das participantes do programa. Vendas acima de US$ 50 têm a cobrança do imposto de importação e do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

    SAIBA QUANTO VOCÊ VAI PAGAR NAS COMPRAS INTERNACIONAIS PELO REMESSA CONFORME

    Em junho, o Comitê Seletivo da Câmara dos EUA sobre o Partido Comunista Chinês publicou um relatório que constatou que a Temu e a Shein sozinhas eram provavelmente responsáveis por mais de 30% de todas as encomendas importadas para os Estados Unidos sob a regra dos “minimis”.

    Os varejistas americanos querem que a legislação seja alterada. Se isso não acontecer, argumentam, as empresas podem transferir seus armazéns e os empregos que vêm com eles para fora dos EUA.

    Um porta-voz da Shein disse que a empresa “continua a priorizar a conformidade com as importações” e que “a disposição de minimis não é fundamental para o sucesso de nosso negócio”. Em julho, o vice-presidente executivo da Shein afirmou que a empresa estava “ansiosa” para conversar com legisladores para ajudar a reformar a disposição de “minimis”. A posição teve respaldo de um porta-voz da Temu.

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    Ron Sorini, um lobista e especialista em comércio que trabalha com um grupo de 20 varejistas americanos para mudar a lei de “minimis”, disse que ela cria um incentivo para que as empresas transfiram a distribuição para fora dos Estados Unidos.

    O grupo chamado Ship Safe Coalition (Coalizão de Envio Seguro, em tradução livre) propôs uma mudança que expandiria a aplicação de “minimis” para centros de distribuição nos EUA localizados em zonas de comércio exterior.

    folha mercado

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