Amigo de Lula integra transição mesmo com direitos políticos suspensos

Amigo de Lula integra transição mesmo com direitos políticos suspensos

Adauto foi condenado em 2012 por improbidade administrativa relacionada a fraude em processo seletivo de Uberaba (MG)

  • BRASÍLIA | Do R7, em Brasília
  • 22/11/2022 – 15H06 (ATUALIZADO EM 22/11/2022 – 16H45)
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Anderson Adauto foi coordenador de campanha de Lula em Minas Gerais

Anderson Adauto foi coordenador de campanha de Lula em Minas Gerais

REDES SOCIAIS/REPRODUÇÃO

Mesmo com direitos políticos suspensos, o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto (PCdoB-MG) foi nomeado para compor a equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no grupo técnico responsável pela área de Minas e Energia. Ao R7, o ex-ministro e ex-prefeito de Uberaba (MG) afirma que é voluntário na equipe.

À reportagem, ele justificou que não pleiteia nenhum cargo no novo governo. “Entendo que o processo de ocupação de cargo não me cabe enquanto eu não resolver as questões e estar tudo esclarecido com isso. Na transição, estou buscando colaborar em função de uma posição na questão dos fertilizantes e de fábricas paradas na minha região [do Triângulo Mineiro], porque tenho informações sobre esse processo”, disse.

Adauto foi condenado em 2012 por improbidade administrativa relacionada a fraude na contratação em regime temporário de agentes da Secretaria Municipal de Saúde de Uberaba (MG), em processo seletivo realizado em 2006, quando era prefeito da cidade mineira. Ele pleiteia na Justiça a revisão da sentença.

VEJA TAMBÉM

O ex-ministro foi uma das cabeças da campanha de Lula em Minas Gerais. Ele pretendia se candidatar a deputado federal, mas renunciou à candidatura após o Ministério Público Eleitoral (MPE) impugnar o registro. 

Na ação proposta em dezembro de 2007, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apurou a existência de 2.727 pessoas contratadas irregularmente como “temporárias” no âmbito do Executivo municipal. Além disso, concurso público do município teria sido prejudicado com fraudes na correção das provas e alteração dos resultados. O objetivo era favorecer apadrinhados políticos.

Caso Guido Mantega

Na semana passada, o ex-ministro Guido Mantega deixou a equipe de transição de Lula. Ele chegou a ser anunciado como parte do grupo técnico da Economia pelo vice-presidente da República eleito e coordenador-geral do governo de transição, Geraldo Alckmin (PSB).

Mantega usou como justificativa a condenação que recebeu do Tribunal de Contas da União (TCU) no processo das pedaladas fiscais, que resultaram também no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016. Com o processo, o ex-ministro está inabilitado a assumir qualquer cargo público até 25 de fevereiro de 2030.

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